No último dia do 6º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na manhã deste domingo (3), as delegadas e os delegados representantes de sindicatos e federações filiados aprovaram alterações estatutárias, elegeram a nova direção da entidade e definiram as diretrizes para o plano de lutas da próxima gestão.
“Nestes três dias de congresso, debatemos temas importantes, que podem nos ajudar a reconstruir o Brasil que a gente quer. Nosso plano de lutas para a próxima gestão reflete estes debates, que nos levam a reafirmar o tema deste nosso congresso”, disse a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “Depois do golpe que tirou a presidenta Dilma da Presidência, a fome voltou a ser uma realidade em nosso país e houve uma verdadeira destruição do sistema de garantia de direitos dos trabalhadores. Nossas ações precisam nos levar a reconstruir o Brasil que a gente quer, sem fome, com direitos, soberano, democrático e com equidade. Precisamos ajudar o país a retomar o rumo do desenvolvimento econômico e social, com distribuição de renda e respeito à classe trabalhadora e ao povo brasileiro de uma forma geral”.
Comitês de luta
Uma das ações aprovadas foi a criação de comitês de organização e luta de bancários em todo o Brasil, com brigadistas que ajudem a difundir as informações para as bases e as propostas de interesses dos trabalhadores, como a defesa dos bancos públicos e a defesa do sistema financeiro com funções de desenvolvimento econômico e social do país. Eles também serão responsáveis por reverberar as lutas específicas da categoria, como o aumento real, o combate às metas abusivas, o fortalecimento da mesa única de negociações e a regulação do teletrabalho, entre outros.
“Para colocar este plano de lutas teremos que manter a unidade das correntes políticas que compõem nossa confederação e, mais do que isso, fortalecer toda a organização sindical do nosso ramo e também das demais categorias. A classe trabalhadora precisa estar unida para conseguir eleger representantes para todas as esferas de poder nacional, estaduais e municipais que tenham compromisso com a classe trabalhadora”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT. “A mudança de rumo passa pelas eleições estaduais e nacional deste ano, mas segue com as eleições municipais daqui a dois anos. Nossa luta tem que ser constante e efetiva, ano após ano”, completou, ao garantir que os comitês que serão criados não serão desfeitos após a campanha nacional das categorias bancária e financiária deste ano, e nem após a campanha eleitoral.
Campanha Nacional
Juvandia lembrou que neste ano serão realizadas mesas de negociações para a renovação das Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs), tanto dos bancários quanto dos financiários. As CCTs em vigência perdem a validade neste ano, uma vez que nas últimas negociações, ocorridas em 2020, elas foram aprovadas com validade de dois anos. “Mais uma vez teremos duras batalhas nas negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e com a Fenacrefi (Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), mais uma vez teremos que lutar pela manutenção dos nossos direitos e para avançar em novas conquistas, principalmente com relação ao aumento real e uma boa PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Contamos com a contribuição de cada bancária e cada bancário nesta mobilização e luta para pressionar os bancos e as financeiras a atender nossas reivindicações”, afirmou.
Moções
A plenária do 6º Congresso da Contraf-CUT também aprovou três moções: Uma em defesa dos bancos públicos, uma em defesa da Petrobras e uma pela paz mundial.
Nova diretoria
As delegadas e delegados também elegeram a nova diretoria da Contraf-CUT, que assume a gestão da entidade pelos próximos quatro anos.
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Fonte: Contraf-Cut