Os maiores bancos privados do país estão demitindo trabalhadores como se estivessem à beira da falência. Só que não estão: somados, os lucros do Bradesco, Itaú e Santander entre janeiro e setembro deste ano chegam a R$ 53,618 bilhões. Mesmo assim, já foram dispensados centenas de bancários e bancárias, inclusive às vésperas do Natal, somente nas áreas de abrangência dos sindicatos de Campos, Niterói, Petrópolis, Rio de Janeiro, Sul Fluminense e Teresópolis.
A responsabilidade social que os bancos mostram nas propagandas não existe na vida real. A população que precisa dos serviços bancários está sendo desrespeitada, com uma prestação de serviço cada vez pior: número de funcionários diminuindo, muitas agências sendo fechadas e até caixas eletrônicos ficando cada dia mais difíceis de encontrar. Para quem trabalha no banco, resta a sobrecarga de trabalho, a pressão para vender produtos muitas vezes pouco atrativos para os clientes e o medo constante de perder o emprego.
O lucro dos bancos é construído no dia a dia por seus funcionários. Bancários e bancárias que têm famílias, projetos, contas a pagar, necessidades a atender. Trabalham duro para enriquecer o empregador, sempre sob o risco de serem demitidos. Não podem ser tratados como objetos descartáveis.
Demitir lucrando tanto é jogar famílias inteiras no desamparo. Precisamos denunciar que isso está acontecendo às vésperas do natal. Crueldade sem fim!
Fonte: Federa RJ