Entenda como a ‘rebelião de Stonewall’, com confrontos entre manifestantes e policiais na Nova York do final dos anos 1960, se tornou um símbolo de resistência
Em todo o mundo, o dia 28 de junho é considerado o Dia do Orgulho LGBTQIA+. Durante todo o mês, eventos e paradas celebram as vitórias históricas e reforçam a luta para garantir os direitos da comunidade — de São Paulo a Berlim, do Rio de Janeiro a Madri. Mas você sabe como e quando surgiu a data? O Dia do Orgulho faz referência a um movimento que aconteceu no final dos anos 1960 em Nova York, e ficou conhecido como “A revolta de Stonewall”.
Em 1969, o Stonewall Inn, no boêmio bairro de Greenwich Village, em Manhattan, era um dos mais conhecidos bares LGBTQIA+ de Nova York, ponto de encontro dos marginalizados da sociedade. Àquela época, as relações entre pessoas do mesmo sexo eram consideradas crime em quase todos os estados americanos — em Nova York, a homossexualidade só deixou de ser criminalizada nos anos 1980.
Na madrugada do dia 28 de junho daquele ano, o bar, alvo de frequentes batidas policiais, foi invadido pela terceira vez na mesma semana, sob a alegação de que a venda de bebida alcoólica era proibida ali. Funcionários e frequentadores, muitos deles travestis e drag queens, foram presos e agredidos.
Daquela vez, no entanto, a violenta abordagem gerou uma reação dos presentes: depois de uma noite tensa de conflitos, parte da comunidade LGBTQIA+ foi às ruas, nos arredores do Stonewall Inn, para protestar, demonstrando orgulho de ser quem eram e confrontando a polícia.
As manifestações duraram seis dias, mobilizando milhares de pessoas em diversos pontos da cidade, fazendo com que o ativismo pelos direitos LGBTQIA+ ganhasse o debate público e as ruas. Nos anos seguintes, a data foi relembrada com manifestações em diversas cidades do país, dando origem à primeira marcha do Orgulho Gay, em 1970, e às paradas LGBTQIA+ como conhecemos atualmente espalhadas por todo o mundo. Em 2015, o bar foi declarado monumento histórico da cidade pela Prefeitura de Nova York e, um ano depois, foi decretado como o primeiro monumento nacional aos direitos da comunidade LGBTQIA+ pelo ex-presidente Barack Obama.
“A sigla LGBTQIA+ faz referência a lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais e demais orientações sexuais e identidades de gênero.
Inicialmente chamada de GLS (gays, lésbicas e simpatizantes), a sigla foi mudando de acordo com as mudanças que ocorreram nas pautas e com a busca por direitos do movimento. Para cada uma das letras, há uma historicidade, e o fato de estarem representadas na sigla indica não só uma identidade, mas também o orgulho.
A bandeira do arco-íris passou a ser utilizada na década de 1970, mas existem outras, com variações de cores e símbolos. A mais recente mudança foi a incorporação das cores da luta antirracista, da bandeira trans e da simbologia intersexo.”
Veja mais sobre “LGBTQIA+”
- Bancos e a Comunidade LGBTI+:
- O Pride Bank é o primeiro banco digital voltado para a comunidade LGBTI+. Ele oferece serviços bancários com foco na inclusão e aceitação. Os correntistas (chamados de ‘priders’) podem usar o nome social e escolher entre várias opções de gênero durante o cadastro1.
- Além disso, o Pride Bank investe em causas sociais ligadas à população LGBTI+ por meio do Instituto Pride, que recebe 5% da receita do banco para apoiar ONGs e coletivos1.
- Direitos dos Bancários LGBTI+:
- Aos bancários, são assegurados direitos iguais aos casais hétero ou homossexuais. A cláusula 50 da CCT garante que todas as vantagens aplicadas aos cônjuges dos empregados também se aplicam aos parceiros do mesmo sexo, desde que a união seja comprovada2.
- Essa conquista foi importante para equiparar direitos e garantir igualdade no ambiente de trabalho.
- Iniciativas de Inclusão:
- O Banco do Brasil, em parceria com o Governo Federal, lançou a marca “LGBTQIA+ Cidadania”. Essa iniciativa visa enfrentar desigualdades que afetam a população LGBTQIA+3.
- É fundamental que as instituições financeiras continuem promovendo a inclusão e respeitando os direitos de todos os clientes, independentemente de sua orientação sexual.
Fonte: O Globo.