PDV piora condições de trabalho e aponta para desmonte do banco público
A imprensa noticiou nesta quarta, 4, que a Caixa fechou sua proposta para o programa de demissão voluntária, que deverá ser aberto aos funcionários no final deste mês e com adesão até o começo de fevereiro. O lançamento do plano dependeria ainda do aval do Ministério do Planejamento, esperado para a semana que vem. A Caixa não quis comentar o assunto, mas evidentemente o PDV já é discutido entre os empregados do banco, que temem a precarização e desmonte da instituição pública.
Para Maria Rita Serrano, diretora do Sindicato dos Bancários do ABC e da Contraf-CUT e atualmente candidata a representante dos empregados no Conselho de Administração do banco pela Chapa 1, o PDV representa “menos empregados, piores condições de trabalho e aumento da pressão sobre todos, principalmente os gestores”. “É urgente a necessidade de fortalecimento da luta por contratações e contra o desmonte do banco”, aponta Rita, que também é coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas.
Banco do Brasil – O BB também passou por processo chamado de “reestruturação” no final do ano passado, criticado pelas entidades sindicais por envolver
enxugamento e fechamento de agências, além da pressão pela aposentadoria. O banco informou ter desembolsado R$ 1,4 bilhão em incentivos, mas deve economizar R$
2,3 bilhões em despesas neste ano. A Caixa ainda não divulgou quanto espera economizar.
Dia nacional de Luta
Com este cenário, a Contraf-CUT convoca todos os bancários da Caixa para o Dia Nacional de Luta, marcada para o próximo dia 12. Na data, é comemora o aniversário da Caixa. Como presente aos funcionários, a piora das condições de trabalho.
A manifestação também será pelo fim dos descomissionamentos arbitrários, pelo fim do caixa minuto e em defesa da Caixa 100% pública.
Fonte: Contraf/Cut e Rita Serrano