Pela solução do contencioso, equilíbrio dos planos, incorporação do REB, preservação da paridade e garantia da participação dos trabalhadores na gestão
A Funcef é o terceiro maior fundo de pensão do país e chega aos 40 anos de atividade com cerca de R$ 60 bilhões em recursos administrados. Isso equivalente a quase 1% do PIB brasileiro de 2016. Esse patrimônio é nosso e precisamos defendê-lo.
Com muita luta e persistência, os trabalhadores conquistaram muitos benefícios e avanços importantes para garantir um futuro melhor, mas essas conquistas estão em risco. Para a Caixa, cada direito nosso é uma despesa a ser cortada.
Temos muitos desafios a superar em defesa de nossa previdência complementar. O momento é de união e informação.”
O texto acima é o primeiro de um boletim de duas páginas que será distribuído aos empregados e clientes da Caixa Econômica Federal na próxima quarta-feira (18), durante as atividades que sindicatos dos bancários do país inteiro farão no Dia Nacional de Luta em Defesa dos Participantes da Funcef.
O boletim traz ainda textos sobre os problemas de gestão na Funcef, que geram déficit que trazem prejuízos aos funcionários.
Um exemplo é o texto sobre o “contencioso”, explicando que faz 20 anos que a Caixa joga nas costas dos participantes da Funcef o pagamento das dívidas trabalhistas do banco. Com a campanha “Contencioso: essa dívida é da Caixa”, o movimento sindical alerta sobre essa arbitrariedade do banco e exige o fim da campanha e a reparação dos prejuízos aos participantes.
O boletim chama a atenção para o Projeto de Lei Completar PLP 268/2016, que tramita na Câmara dos Deputados, em regime de urgência. Com a desculpa de aprimorar os dispositivos de governança das entidades de previdência complementar das empresas e órgãos públicos, se aprovado o projeto promoverá alterações na Lei Completar 108/2001 e substituirá a representação dos trabalhadores na gestão dos fundos por gestores de mercado.
Quartas de luta
O movimento sindical bancário realiza em todas as quartas-feiras, desde o dia 6 de setembro, atividades em defesa das empresas públicas, em especial dos bancos públicos. A defesa dos bancos públicos é uma das resoluções da 19ª Conferência Nacional dos Bancários, tiradas como prioridade da categoria. Além das atividades nas ruas e agências bancárias, realizadas às quartas-feiras, o movimento sindical tem promovido, juntamente com parlamentares, audiências públicas nas câmaras municipais, assembleias legislativas e no Congresso Nacional, onde foi criada uma Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos.
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