Nesta terça (5) o país está mobilizado contra a Reforma da Previdência
Na manhã desta terça (5/12), foram realizados atos, paralisações, fechamento de rodovias e muitas manifestações em várias capitais e cidades de todo o Brasil contra a PEC 287, que trata de mudanças de regras que vão restringir a concessão do benefício e até acabar com o acesso à aposentadoria de milhões de trabalhadores e trabalhadoras.
O SindBancários Teresópolis, juntamente com as entidades que formam o Comitê Municipal contra as Reformas da Previdência e Trabalhista, realizou o ato na Calçada da Fama, em frente ao Banco Itaú, durante toda a manhã.
Enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anuncia que vai votar a Reforma da Previdência na próxima semana, a CUT, o movimento sindical e popular mobilizam o país, reafirmando: “se botar para votar, o país vai parar”.
As vozes das ruas e das redes com a hashtag #NãoMexaNaAposentadoria deixaram um recado bem claro aos deputados e deputadas: “Quem votar, não volta”, se referindo as eleições de 2018 ano em que muitos deputados tentarão a reeleição.
Ainda na madrugada, sindicalistas e ativistas de movimentos sociais bloquearam a entrada de três garagens de ônibus em Aracaju. Ninguém entrava e ninguém saia. No Maranhão, a BR 235 ficou parada e trabalhadores e trabalhadoras do campo e cidade interditaram a ponte do Bacanga, na entrada de São Luís.
No Rio Grande do Sul, a CUT e demais centrais sindicais não esperaram nem o dia clarear. O aeroporto foi escolhido para mandar o recado aos parlamentares que estão viajando rumo à Brasília. Os sindicalistas denunciaram a farsa do déficit e o combate a privilégios, se referindo aos servidores públicos, como explicamos na matéria Temer ataca servidores e coloca em risco serviço público no País.
Depois o movimento seguiu e fizeram um ato na Praça da Matriz, diante do Palácio Piratini.
“Se a Reforma da Previdência é boa por que os políticos, militares e o judiciário estão fora”, questionavam os dizeres de uma faixa em frente ao Banco Santander que estava fechado pelos bancários, no centro do Rio de Janeiro, onde aconteceu um ato público, que contou com a participação dos bancários de Campos, metalúrgicos e servidores da rede estadual Faetec. Outros bancos na capital carioca também foram fechados.
Ainda no Rio, os petroleiros fizeram uma grande mobilização em Macaé, Angra e outros municípios. Os trabalhadores do Estaleiro Brasfels atrasaram a entrada no trabalho em uma hora. Nas redes sociais, os banqueiros foram denunciados. “Não conseguirão enganar a todos o tempo todo”, se referindo as dívidas dos banqueiros com a Previdência Social e também ao interesse dos banqueiros em aprovar a reforma para vender previdência privada aos mais pobres e continuar lucrando milhões no nosso país.
Na capital de Santa Catarina, além de algumas trabalhadores e trabalhadoras terem aderido à greve, no aeroporto Hercílio Luz houve mobilização, panfletagem e diálogo com a população sobre os riscos que a aprovação da Reforma da Previdência representa para toda a sociedade. Também teve greve dos trabalhadores e das trabalhadoras químicas de Criciúma e região.
Em Fortaleza, a manifestação da Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, das quais a CUT faz parte, reuniu cinco mil pessoas contra a Reforma da Previdência. “Quem vota contra o trabalhador, não volta pro Congresso. O povo tá de olho”, dizia uma das faixas erguida pela população.
Em Mossoró, no Rio Grande do Norte, o ato contra a Reforma da Previdência foi na Praça do Vuco vuco.
Em Goiás, quase acabou mal. Enquanto trabalhadores e trabalhadoras protestavam contra o fim da aposentadoria, um ônibus quase atropelou quem estava na frente.
CUT e Imprensa SindBancários Teresópolis