Conquista se deve à luta dos movimentos sociais e sindicais para que a Caixa não se tornasse S/A
Pela segunda vez, em pouco mais de um ano, os empregados da Caixa e suas entidades representativas conseguiram afastar o perigo de que o banco se transformasse em uma sociedade anônima. Na reunião do Conselho de Administração (CA), realizada nesta quinta-feira (7), o item que propunha a transformação do banco em S/A foi excluído do texto a ser votado. Agora, a redação final do Estatuto precisa ser aprovada pelos órgãos reguladores.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, a conquista é o resultado da luta dos trabalhadores e dos movimentos sindicais. “Assim que começaram os rumores de abertura de capital da Caixa, a Contraf-CUT imediatamente articulou com parceiros importantes, como: a Fenae e outras centrais sindicais, um Fórum de Defesa e uma Frente Parlamentar para lutar pela Caixa 100% Pública. Esta não é uma luta só dos sindicalistas ou dos bancários. É uma luta do povo brasileiro”, explicou o presidente da Contraf-CUT.
Na manhã desta quinta-feira, a Contraf-CUT, federações e sindicatos promoveram manifestações em todo o país, para barrar a venda do banco público e defender empregos e direitos dos trabalhadores. “Empregados da Caixa e bancários do país inteiro, junto com os movimentos sociais, fizeram grandes atos no país inteiro para mostrar a importância da Caixa 100% pública para a sociedade. Defender a Caixa é defender o Brasil. A Caixa é o banco do povo”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva da Caixa, Dionísio Reis.
“É importante que os trabalhadores continuem mobilizados em defesa dos seus direitos e em defesa dos bancos públicos. Vencemos uma batalha, mas é necessário ter atenção. Os direitos continuam em risco e é importante que os empregados da Caixa acompanhem as entidades sindicais e as entidades associativas para saber os próximos movimentos da luta”, informou Dionísio Reis.
A representante dos empregados no CA, Rita Serrano, destacou como fatores decisivos para a vitória, além da mobilização de empregados, entidades sindicais e associativas, parlamentares e movimentos sociais organizados, a posição da direção da Caixa, que também foi contrária a transformação do banco em sociedade anônima. “Tivemos uma grande conquista, e ela só vem comprovar como é necessário acreditar na luta e ampliar nossa união em defesa da Caixa pública e seus trabalhadores”, disse.
Fonte: Contraf-CUT