A pressão a parlamentares no Congresso e em suas bases eleitorais será intensificada nos próximos dias
As centrais sindicais definiram o dia 12 de julho como o Dia Nacional de Mobilização Contra a Reforma da Previdência, com mobilização em Brasília e outras capitais. No dia 14 de junho, milhares de trabalhadores cruzaram os braços para reivindicar contra a reforma.
Ainda na terá, os sindicalistas passaram o dia no Congresso Nacional para pressionar os parlamentares a não votarem a Proposta de Emenda à Constituição 006/2019. E a intensificação da luta nos próximos dias será uma resposta dos trabalhadores e trabalhadoras à pressa do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em aprovar o projeto.
As centrais se reuniram, na tarde de terça-feira (25), para discutir a estratégia a ser adotada nos próximos dias na luta contra a reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL). Nesta sexta-feira (28), as centrais sindicais voltam a se reunir para organizar a mobilização.
Nesta quinta-feira (27), a Câmara dos Deputados cancelou a reunião da Comissão Especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, da reforma da Previdência. Com a decisão, o cronograma do principal projeto econômico do governo Jair Bolsonaro (PSL) tramitando no Congresso Nacional sofre mais um revés e a votação no plenário, se nada mudar, deve ocorrer no segundo semestre.
O Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, garante que a pressão aos parlamentares vai aumentar nos próximos dias, sobretudo nas bases eleitorais dos deputados, além das recepções nos aeroportos, em especial o de Brasília, por onde circulam vários parlamentares toda semana. “Nossos sindicatos vão pendurar faixas em locais de grande circulação nas cidades e dialogar tanto com a população quanto com deputados sobre os efeitos nefastos da reforma”, reforça o dirigente.
Outro instrumento de mobilização que deve ser usado de forma intensiva nos próximos dias é a comunicação pelas redes sociais. O dirigente da CUT orienta a utilização da plataforma “Na Pressão”, que pode ser acessada de qualquer lugar pelo celular, tablet ou computador.
“Com apenas alguns cliques, o povo pode pressionar os parlamentares por e-mail, pelas redes sociais e até mesmo direto pelo Whatsapp. Vamos mandar mensagens para esses deputados que estão a favor da reforma. Funciona muito”, diz Sérgio Nobre.
Resistência
Para barrar a reforma, a CUT e demais centrais estão marcando presença no Congresso e dialogando com todos os partidos sobre os efeitos nefastos da reforma para a classe trabalhadora e para a economia brasileira.
“Tudo ainda é incerto. Os pontos que foram retirados da reforma pelo relator ainda podem voltar no Plenário e só a nossa mobilização é que vai barrar a reforma da Previdência”, explica o Secretário-Geral da CUT.
Contraf-CUT, com CUT