Evento desta última sexta-feira (4) também teve assinatura de ACTs com BB e Caixa
Foi assinada na última sexta-feira (4) a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária em todo o país. A assinatura foi possível após aprovação em assembleias de bancári@s em sindicatos de todo o país do acordo entre o Comando Nacional d@s Bancári@s e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Também foram assinados hoje Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal.
O acordo assinado com a Fenaban garante para este ano reajuste de 1,5% mais abono de R$ 2.000 e a reposição do INPC para demais verbas como vale-alimentação e vale-refeição, assim como para os valores fixos e tetos da PLR. Para 2021, haverá aumento real de 0,5% (INPC + 0,5%) e aumento real de 0,5% para salários e (para ver o resumo do acordo, clique aqui).
“Esse acordo é resultado de muito trabalho, muita negociação feita pelo Comando Nacional, que é muito plural e tem muita unidade. Representamos em torno de 90% da categoria. Tivemos assembleias virtuais de fechamento com um público recorde votando. Foi com uma representatividade muito grande, com mais de 110 mil bancários que participaram dessas assembleias. Isso é muito importante”, falou no evento de assinatura a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional d@s Bancári@s.
Presente à cerimônia de assinatura, o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sergio Nobre, destacou a importância do acordo. “Vivemos uma crise inédita em nosso país e construir um acordo que preserva os salários por dois anos é muito importante. O acordo é simbólico porque mostra um caminho para as demais categorias. Ressalto que na maioria das categorias ainda se luta pelo direito de se sentar à mesa de negociação para discutir as demandas”, disse Sergio Nobre.
Campanha virtual
Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, também coordenadora do Comando, a organização de uma campanha virtual na categoria foi importante. “Os bancários, no Brasil todo, ficaram satisfeitos porque acompanharam todos os passos da campanha. Fazemos essa organização nacional há muitos anos e nesse momento foi importante porque conseguimos conversar com a categoria em todo o país”, afirmou Ivone Silva.
A realização de uma campanha virtual, em meio à pandemia, também foi destacada pelo presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Jeferson Rubens Boava. “Superamos um grande desafio, que foi fazer a renegociação virtual, que nos permitiu fazer muitas reuniões. Entregamos ao bancário aquilo que ele esperava: um acordo de dois anos que dá garantia da remuneração e mantendo a Convenção Coletiva de Trabalho” falou.
Mesmo à distância, mas acompanhando o evento por videoconferência, o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e de Sergipe, Hermelino Neto, falou sobre a importância política da campanha. “Queremos reajuste sim, melhores condições de trabalho, mas a luta da categoria bancária também é pela democracia e pela defesa da soberania nacional”, afirmou.
Na mesma linha, falou o coordenador da Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras de Santa Catarina, Jacir Zimmer. “Quero ressaltar esse sentido da participação dos bancários nos mais diversos momentos nas atividades à distância. A categoria compreendeu esse momento e deu conta do recado”.
O evento ocorreu desde a manhã até o final da tarde no hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo. Também estavam presentes à assinatura representantes da Fenaban e do Comando Nacional d@s Bancári@s, entre eles o presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte, Cleiton dos Santos Silva; o presidente do Sindicato dos Bancários de Alagoas, Lindonjhonson Almeida; o presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Belmiro Moreira; o presidente do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região, Marco Aurélio Silveira Silvano, e o vice-presidente do Seeb Campinas, Lourival Rodrigues.
Fonte: Contraf-Cut