Atos contra demissões no Bradesco se espalham pelo país

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Movimento sindical realizou paralisações e atos contra o banco, que não cumpriu o compromisso de não demitir na pandemia

Nesta segunda-feira (30), houve manifestações no Brasil inteiro contra as demissões no Bradesco. Os atos foram em agências e departamentos do banco, em mais um Dia Nacional de Luta contra as demissões. Em dois meses, o Bradesco demitiu mais de 2.500 funcionários, desrespeitando o compromisso assumido no começo do ano com o movimento sindical de não realizar demissões enquanto durar a pandemia.

“As manifestações foram no país todo. Nossa luta é para preservar o emprego e reverter as demissões. Teve cidades no interior do Brasil onde fomos para a frente das agências e conversamos com os clientes. Eles reconheceram e apoiaram nosso movimento”, relatou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Magaly Fagundes.

A coordenadora destacou a atuação dos sindicatos e federações da categoria em todo o Brasil, que participaram do movimento. No começo da pandemia, o movimento sindical bancário se reuniu com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e firmou acordo para que não acontecessem demissões enquanto durasse a pandemia. “O decreto do governo para medidas de apoio à população na pandemia vai até 31 de dezembro. Sabemos que a pandemia não acaba dia 31, mas esperávamos, pelo menos, que o Bradesco não demitisse até essa data. A direção do banco já disse que vai fechar esse ano 1.200 agências. Como é que pode haver recuperação da economia se o Bradesco está falhando? E ainda mais com a segunda onda que está chegando”, criticou Magaly.

Demissões e lucro

Os atos contra as demissões do Bradesco são uma forma de protesto e fazem parte da campanha nacional organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e sindicatos de bancários de todo o país. Se este ano o Bradesco já demitiu mais de 2.500 trabalhadores, no mesmo período obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões nos primeiros nove meses de 2020.

Há mais de um mês funcionários do banco, apoiados pelo movimento sindical realizam paralisações de agencias, atos na frente de departamentos do bancos e tuitaços para denunciar o Bradesco. “O saldo do movimento foi positivo. A gente espera que o banco tenha encerrado esse processo de demissão” afirmou Magaly Fagundes.

Fonte: Contraf-Cut

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