Nesta segunda-feira, 28 de junho, é celebrado mundialmente o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.
A data marca um episódio ocorrido em 1969, em Nova York, quando frequentadores do bar Stonewall Inn reagiram a uma série de batidas policiais violentas, realizadas com frequência no local e sempre motivadas pela intolerância. O levante contra a perseguição policial às pessoas LGBTIQIA+ durou mais de duas noites e, no ano seguinte, resultou na organização da primeira Parada LGBTQIA+ dos Estados Unidos, realizada em 1° de julho de 1970, para lembrar o episódio.
“O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ é um momento de afirmar o orgulho que temos da nossa luta histórica para podermos ser quem nós somos, sem medo ou constrangimento, e também para celebrar todos que vieram antes de nós nessa luta, muitos dando a sua própria vida pela causa. É um dia também para celebrarmos o amor, a diversidade e exigir o fim da violência e da discriminação contra os LGBTQIA+”
Anderson Pirota, coordenador do coletivo LGBTQIA+ do Sindicato
O Sindicato, enquanto entidade cidadã, tem na diversidade e na igualdade de oportunidades dois dos seus principais pilares de atuação. Desde 2009, três anos antes do STF dar parecer favorável a união estável entre casais homoafetivos, a categoria bancária já contava com uma cláusula na sua Convenção Coletiva de Trabalho que garante direitos iguais para o parceiro homoafetivo. Também é garantido, tanto no Sindicato como nos bancos, o uso do nome social por bancários e bancárias transexuais.
“Também estamos em permanente luta para que a comunidade LGBTQIA+ tenha mais visibilidade e oportunidades nos bancos, uma vez que, principalmente no caso das pessoas trans, ainda estamos majoritariamente em posições fora da frente de atendimento e longe de cargos de chefia. Acreditamos que dar maior visibilidade para as pessoas LGBTQIA+ nos bancos é um importante passo para uma necessária transformação da sociedade como um todo”, enfatiza Pirota.
“A cada uma hora, uma pessoa LGBTQIA+ é agredida no Brasil. Muitas não fazem sequer a denúncia, não procuram o sistema de saúde e, quando procuram, não identificam seu orientação sexual ou identidade de gênero por medo, o que faz aumentar a subnotificação. Além disso, o Brasil ainda é o país no qual mais transexuais são assassinados no mundo. É desumano e vergonhoso para o país carregar estas tristes marcas. Infelizmente, na campanha eleitoral para presidente, em 2018, assistimos as falas mais estapafúrdias do candidato Bolsonaro, hoje presidente da república, destilando todo seu ódio e reforçando o preconceito contra a população LGBT. De lá pra cá, nada mudou, não há sequer, por parte do poder executivo federal, uma política afirmativa de proteção à população LGBT”, critica o coordenador do coletivo LGBTQIA+ do Sindicato.
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo