Fechamento de postos de trabalho, assédio moral e sexual também foram expostos pelos trabalhadores
Os bancários do Itaú de todo Brasil, retardando o atendimento em unidades ou protestando com faixas e panfletos, promoveram, na manhã desta quinta-feira (14/7), o Dia Nacional de Luta contra demissões, fechamento de postos de trabalho e assédio moral e sexual.
No dia 4 de julho o banco anunciou a automação da Diretoria de Operações Centralizadas e da Diretoria de Negócios ItauCred Veículos, que tem gerado muitas demissões. O banco deu o prazo de apenas 15 dias para a área de consignado e 60 dias para área de veículos realizarem a realocação dos funcionários, período em que o bancário terá que se candidatar a uma vaga e passar por processo seletivo interno, para só depois ter o retorno se foi aprovado ou não. Isso se houver vagas disponíveis. “Essa medida claramente desumana vai gerar mais dispensas que já vinham sendo executadas pelo banco. Além disso, foram encerradas 211 unidades do banco, entre janeiro e maio de 2022. Com a atitude tomada neste momento, o banco desrespeita o processo negocial da mesa da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Exigimos que o Itaú suspenda as demissões e volte a negociar junto a Contraf-CUT e COE Itaú”, afirmou Jair Alves, da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco.
“O Itaú é o banco que mais lucrou no primeiro trimestre de 2022. Foram R$ 7,3 bilhões nos três primeiros meses do ano, uma alta de 15,1% em relação ao mesmo período de 2021. Mesmo com estes lucros astronômicos e consecutivos, com ou sem crise econômica ou sanitária, o banco continua demitindo e fechando postos de trabalho. Não podemos e não vamos admitir isso”, completou o coordenador.
Fonte: Contraf-Cut