Trabalhadores de diversas categorias reúnem-se em 3 de outubro, no Rio de Janeiro, para um grande ato contra os planos de privatização do governo Temer; os bancários estarão lá
Banco do Brasil, Caixa Federal, BNDES, Petrobras, Eletrobras, Correios, Casa da Moeda. O governo Temer investe contra o Brasil e os brasileiros. Seus planos de privatização são mais uma faceta desse modo de gerir os recursos públicos em benefício dos mais ricos do país.
Para reagir contra esse desmonte e a venda do patrimônio do povo, movimentos sindical e social estão organizando uma série de atividades. Além dos atos nas ruas, e das audiências em defesa dos bancos públicos, o Sindicato participa, na terça 3, no Rio de Janeiro, de uma grande mobilização contra as privatizações. O ato terá início às 11h, em frente ao prédio da Eletrobras, na Avenida Presidente Vargas. Depois, farão uma caminhada até a sede do BNDES e encerram em frente à Petrobras. A manifestação
“O golpe foi contra o povo trabalhador e isso está cada vez mais claro. As privatizações só interessam ao capital internacional e aos rentistas, aos mais ricos do país”, afirma a presidenta do Sindicato, Ivone Silva. “Querem passar a ideia de que as empresas públicas são ruins, ineficientes. Mas são elas as responsáveis pela riqueza do país. Os bancos públicos, por exemplo, fomentam a economia e a criação de empregos, com recursos para habitação, agricultura, educação, saúde. Não vamos aceitar esse desmonte.”
A mobilização ganha ainda mais importância depois do leilão das unisas de São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande, localizadas em Minas Gerais e operadas sob concessão pela estatal Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais).
Data emblemática – Em 3 de outubro de 1953, o presidente Getúlio Vargas sancionou a Lei 2004, que criou a Petrobras. “A Petrobras, principal empresa do país, completará 64 anos de existência e resistência à sanha dos entreguistas”, diz a Federação Única dos Petroleitos, a FUP, em sua página na internet.
“O Temer está loteando o Brasil inteiro, setor de energia, água, a Petrobras, enfim, diversos setores. No dia 3 vamos defender que o capital brasileiro esteja na mão de brasileiros e não de estrangeiros. Nós já sabíamos que isso aconteceria, estão pagando o preço cobrado pelo golpe, mas os trabalhadores não vão permitir que isso aconteça”, afirmou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.
Estado forte – Em um dos mais recentes episódios do desmonte da Petrobras pelo governo Temer com a gestão de Pedro Parente, a companhia divulgou no dia 28 de agosto que venderá os direitos de exploração, desenvolvimento e produção em três conjuntos de campos terrestres, em um total de 50 concessões, nos estados do Rio Grande do Norte e Bahia. A empresa irá ceder 100% de seus direitos de exploração, desenvolvimento e produção.
Segundo o coordenador da FUP, Paulo Rangel, o período de maior turbulência econômica mundial das últimas décadas demonstrou a importância do Estado nas economias nacionais, particularmente a brasileira. “É importante lembrar que, durante a grande crise do capital em 2008, quando todo mundo sofreu duramente com o desemprego e taxas de inflação, nós brasileiros não sofremos tanto esse impacto, porque as empresas públicas, do Estado, entraram fortemente, financiando a geração de empregos.”
As principais empresas responsáveis pela atuação anticíclica do Estado brasileiro durante a crise mundial foram Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, a própria Petrobras e a Eletrobras. “Isso é uma demonstração da importância do Estado tem para o desenvolvimento de uma nação.”
Além dos bancários, participam da manifestação no Rio de Janeiro, eletricitários, moedeiros, comércio de minérios e derivados de petróleo e de Furnas, CUT, Dieese, Frente Brasil Popular, Plataforma Operária e Camponesa da Energia, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
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