Conferência tem como objetivo a aprovação da minuta de reivindicações, o plano de lutas e a estratégia de organização e atuação. A abertura solene contará com as presenças do ex-presidente Lula, do governador do Maranhão, Flavio Dino, e do coordenador nacional MTST, Guilherme Boulos.
Bancários e bancárias dos mais diversos bancos do país, públicos e privados, se reunirão, por videoconferência, a partir das 18h desta sexta-feira (17), em sua 22ª Conferência Nacional. A abertura solene, com transmissão ao vivo pelo Facebook e Youtube da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a partir das 18h20, contará com as presenças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador do Maranhão, Flavio Dino, e do coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos. As atividades continuam no sábado, a partir das 9h.
A 22ª Conferência Nacional dos Bancários tem como um de seus principais objetivos a elaboração da minuta de reivindicações da Campanha Nacional, a partir das propostas apresentadas pelas bases sindicais de todo o país, apuradas pela Consulta Nacional à categoria e debatidas pelas conferências estaduais e regionais, pelos congressos e encontros de bancários de bancos públicos e privados.
“Nossa minuta de reivindicações nasce de um processo de escuta da categoria. Vamos trabalhar com os anseios de cada bancário e cada bancária de nosso país. Por isso, temos que ter muito cuidado, muito carinho e atenção aos debates que vamos realizar no próximo final de semana para tomarmos as decisões corretas”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que coordena o Comando Nacional dos Bancários, responsável pela conferência.
Negociações
Após aprovada na conferência, a minuta de reivindicações é apresentada à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e, em seguida, começam as negociações da nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. A CCT atual tem vigência somente até o 31 de agosto.
“A reforma trabalhista revogou a ultratividade dos acordos e convenções coletivas. E, recentemente, o presidente Bolsonaro vetou o artigo da MP 936 que garantia a vigência dos Acordos por todo o período em que perdurar a pandemia causada pelo novo coronavírus. Assim, se não concluirmos as negociações até o final de agosto, todos os direitos previstos em nossa CCT perdem a validade e a categoria poderá ficar sem os vales refeição e alimentação, auxílios educação, creche, babá e até as regras da PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados) podem sofrer alterações”, explicou Juvandia.
“Por isso, é muito importante que os bancários estejam atentos e se mobilizem para defenderem seus direitos. Estamos prontos para defendermos os direitos previstos em nossa CCT e lutarmos por aumento real de salários e a manutenção de todas as demais cláusulas econômicas e sociais, mas nossa força vem da mobilização da categoria. Temos que nos unir ainda mais neste momento para realizar uma boa negociação”, concluiu Juvandia.
Fonte: Contraf-Cut