Banco divulgou balanço com dados já com a incorporação do HSBC. No trimestre, o lucro foi de 4,462 bilhões
O Bradesco divulgou nesta quinta-feira (10) o balanço do último trimestre, já com a incorporação do HSBC (a partir de 1 de julho) com lucro de R$ 4,462 bilhões. Nos primeiros nove meses do ano o lucro foi de R$ 12,736 bilhões com o banco mantendo excelente rentabilidade de 17,6%. Mesmo lucrando muito, enquanto o país passa por profundo processo recessivo, o Bradesco cortou 4.790 postos de trabalho.
“O banco lucra e cresce com aquisição de outros bancos como HSBC, mas reduz postos de trabalho e faz com que a cada ano o funcionário produza mais em piores condições e no lugar de valorizar quem ajuda produzir tanto lucro, contribui para os números altíssimos do desemprego na categoria e no país”, afirma Gheorge Vitti, coordenador da COE- Comissão de Organização dos Empregados.
O número de empregados na holding em 30 de setembro de 2016 foi de 109.922, sendo 21.016 empregados do HSBC que foram incorporados ao quadro do banco. A partir da fusão, foram acrescidas 744 agências no período, 406 postos de atendimento e fechados 8.290 correspondentes.
Operações de crédito
Segundo análise feita pelo Dieese, as Operações de Crédito cresceram 10% no período em relação a setembro de 2016, alcançando um montante de R$ 521,8 bilhões (sendo R$ 79,8 bilhões relativos ao HSBC Brasil). As operações com pessoas físicas cresceram 17,8% em doze meses, chegando a R$ 171,1 bilhões (R$ 22,7 bilhões oriundos do HSBC). As operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 350,7 bilhões, com crescimento de 6,5% em relação ao mesmo período de 2015 (R$ 57,1 bilhões vindos da carteira do HSBC.
Tarifas cobrem 126,97% das despesas de pessoal
A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 10,4% em doze meses, totalizando R$ 15,7 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 16,2%, chegando a R$ 12,4 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco ficou em 126,97% no 3º trimestre de 2016 (6,64 pontos percentuais a menos do que em setembro de 2015).
Fonte: Contraf-CUT