Nesta última quinta-feira 10, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região se reuniu com o Bradesco, por meio da COE (Comissão de Organização dos Empregados), para debater as medidas sanitárias de prevenção à Covid-19 adotadas pelo banco até o momento.
Metas e omissão de casos de Covid-19
Uma das principais questões levadas pela representação dos trabalhadores para a negociação foi o grande número de afastamentos de bancários por conta do altíssimo nível de contaminação pela Covid-19 verificado nos últimos dois meses, o que tem acarretado em duas situações gravíssimas.
A primeira é o fato de que muitos bancários positivados para Covid-19 estão sendo orientados por seus superiores a omitir ou mentir sobre o seu diagnóstico, evitando assim desfalcar as equipes, ou mesmo gerar pavor nos colegas. Sobre esta questão, o banco se comprometeu a reforçar com diretorias e gerências regionais a gravidade de mentir ou omitir diagnósticos positivos para Covid-19.
Outro problema é não existir qualquer revisão ou flexibilização da meta no período em que o quadro de funcionários está desfalcado por conta de afastamentos, e a agência fechada para sanitização. O resultado deve ser entregue a qualquer custo, mesmo em condições totalmente desfavoráveis. Sobre isso, o banco não forneceu nenhuma resposta concreta aos trabalhadores.
“Apesar do avanço da vacinação, a enorme quantidade de casos relacionados com a variante Ômicron nos preocupa muito. Cobramos e vamos continuar cobrando do banco bom senso da área comercial nas metas. As agências com bancários afastados, ou que ficaram fechadas para sanitização, precisam ter sua entrega de resultado readequada de acordo com o quadro de funcionários. Ainda estamos em uma situação de pandemia, e as equipes não podem continuar trabalhando desta forma insana, que está levando muitos trabalhadores ao adoecimento”
Erica de Oliveira, diretora do Sindicato e bancária do Bradesco
Equipamentos de segurança
A representação dos bancários cobrou, novamente, a instalação de placas acrílicas nos locais de trabalho e o fornecimento de máscaras PFF2 aos trabalhadores.
O banco alegou que está em distribuição o novo kit de máscaras de camada tripla, aprovada pela Anvisa, e que o equipamento de proteção deve ser utilizado preferencialmente junto com o faceshield.
Vacinação contra a gripe
O Sindicato também solicitou a antecipação da vacinação contra gripe (Influenza).
O banco informou que vai analisar a reivindicação e que a mesma depende de questões técnicas para ser atendida.
Sanitização
No encontro, o banco informou que, de acordo com análise da área responsável, o processo de
sanitização dos locais de trabalho, que hoje leva 12 horas, pode ser concluído em até duas horas aproximadamente.
Além disso, os representantes do Bradesco enfatizaram que os aparelhos de ar-condicionado passam por constantes manutenções, com troca de filtros e limpeza dos dutos.
Retorno presencial
Na reunião, o banco afirmou que quer discutir com os sindicatos os próximos passos do retorno ao trabalho presencial, incluído o grupo de risco, e novos parâmetros.
Uma nova negociação, na qual o tema será debatido, será marcada após o feriado de carnaval.
Fonte: SP São Paulo