Para a Contraf-CUT, marcar a data é essencial para que as gerações futuras nunca permitam que a história se repita
Em 31 de março de 1964, há exatos 61 anos, o Brasil vivia um dos momentos mais sombrios de sua história: o golpe militar que depôs o então presidente João Goulart e deu início a um regime autoritário que duraria até 1985. Durante mais de duas décadas, o país enfrentou a supressão de direitos, censura, tortura e assassinatos de opositores políticos.
Neste aniversário da ruptura democrática de 1964, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), utilizou sua conta na rede social X para enfatizar a importância da democracia, dos direitos humanos e da soberania popular. “Hoje é dia de lembrarmos da importância da democracia, dos direitos humanos e da soberania do povo para escolher nas urnas seus líderes e traçar o seu futuro. E de seguirmos fortes e unidos em sua defesa contra as ameaças autoritárias que, infelizmente, ainda insistem em sobreviver”, escreveu Lula.
O presidente reforçou que não há caminho para um país mais justo e menos desigual fora da democracia. “Não existe um verdadeiro desenvolvimento inclusivo sem que a voz do povo seja ouvida e respeitada. Não existe justiça sem a garantia de que as instituições sejam sólidas, harmônicas e independentes”, pontuou.
Por fim, Lula destacou que o Brasil superou o período ditatorial com muita luta e que a democracia conquistada deve ser mantida e fortalecida. “Nosso povo, com muita luta, superou os períodos sombrios de sua história. Há 40 anos, vivemos em um regime democrático e de liberdades, que se tornou ainda mais forte e vivo com a Constituição Federal de 1988. Esta é uma trajetória que, tenho certeza, continuaremos seguindo. Sem nunca retroceder”, finalizou.
A data também foi marcada por reflexões sobre a necessidade de preservar a memória histórica. Para a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis, recordar o golpe é um compromisso com a verdade, a justiça e a democracia. “É fundamental honrar a resistência daqueles que lutaram pela liberdade e pelos direitos fundamentais, muitos dos quais pagaram com suas vidas”, afirmou.
Elaine Cutis também alertou sobre os perigos do revisionismo histórico que tenta minimizar os crimes cometidos durante a ditadura. “Num momento em que discursos revisionistas e negacionistas tentam minimizar os crimes da ditadura, é nosso dever reafirmar: ditadura nunca mais. O golpe militar de 1964 e suas consequências permanecem como um capítulo essencial da história do Brasil. Preservar a memória desse período é essencial para que as gerações futuras nunca permitam que a história se repita.”
Fonte: Contraf-Cut