O setor produtivo amarga com a crise: a produção industrial caiu em 12 de 15 estados, em 2019 e recuou 0,7% no período. O varejo (comércio) teve uma retração de 0,1% em dezembro, na comparação com novembro do ano passado. Já os bancos não param de elevar os seus lucros no Brasil.
O Itaú, maior instituição financeira privada do país, teve em 2019, o maior lucro da história do sistema financeiro nacional: R$26,58 bilhões, uma alta de 6,4% em relação a 2018. O Bradesco teve um crescimento ainda maior no período, chegando a 20%, faturando R$25,9 bi. O Santander continua fazendo do Brasil a sua mina de ouro: lucrou no ano passado R$14,5 bi, uma alta de 17,4%.
O desempenho representa 28% do faturamento global do grupo espanhol.
Apesar de tanto dinheiro o setor continua fechando agências físicas e demitindo trabalhadores. Itaú, Bradesco e Santander fecharam juntos, 430 agências em todo o país, demitindo quase 7 mil trabalhadores.
“Num país que está com a economia combalida, com indústrias fechando, comércio falindo, mais de 12 milhões de desempregados, metade dos trabalhadores na informalidade, trabalhando em média 12 horas por dia e ganhando R$413 por mês, os bancos continuam batendo recordes nos lucros. É um escândalo. O setor financeiro não produz nada, só acumula capital cobrando os maiores juros do mundo e ainda demite em massa”, critica o diretor do Sindicato e Secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar.
Fonte: ContrafCut.