A proteção à saúde da categoria bancária foi tema da reunião do Pleno da diretoria da Federa-RJ e diretores dos sindicatos filiados – Bancários de Campos dos Goytacazes, Niterói, Petrópolis, Rio de Janeiro, Sul Fluminense e Teresópolis, que aconteceu na noite desta terça-feira, 26/4.
A médica e pesquisadora em saúde do trabalhador, Maria Maeno, falou sobre a situação da saúde de bancários e bancárias.
A cobrança de metas abusivas foi apontada como uma das principais ações que colaboram com o frequente adoecimento na categoria. A questão ética que envolve a venda de produtos para clientes também foi citada pela médica que relatou ter atendido em seu consultório muitos bancários e bancárias que adoeciam por enfrentar essa questão sem se dar conta da real situação.
Para a médica, a categoria está muito envolvida com a meritocracia que acaba sendo imposta pelos bancos que trocaram a palavra “dificuldade” por “desafio”. Com isso, as pessoas que não alcançam as metas impostas são taxadas de fracas e incompetentes. O medo de perder o emprego e a exposição, muitas vezes realizada pelas gerências, levam ao adoecimento de funcionários e funcionárias. “A doença passa a ser individualizada, a culpa é unicamente da pessoa e não mais problema da coletividade, dos acontecimentos no ambiente de trabalho que envolvem outros indivíduos”, afirma a pesquisadora.
Para Adriana Nalesso, presidenta da Federa-RJ, “o neoliberalismo é um projeto ideológico que tem como princípio fundamental o individualismo e tem como objetivo destruir qualquer coletividade. Ele está sendo introjetado nas pessoas desde a década de 90, e é um modelo de submissão.”
O encontro faz parte da preparação para a Conferência Estadual das Bancários e dos Bancários, que acontece nos próximos dias 20 e 21 de maio em Campos dos Goytacazes.
Fonte: Federa